6/11/2019 - São Roque - SP

Vereador comenta sobre as demissões da fábrica de preservativos e da crise de desemprego

 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no último dia 31 de outubro, contabilizam 11,8% da população brasileira sem trabalho, o equivalente a 12,5 milhões de pessoas. Em agosto, o mesmo IBGE divulgou o resultado de uma pesquisa que confirmou que, naquele momento, ¼ dos desempregados do país, ou seja, 3,34 milhões de pessoas, estavam em busca de emprego há pelo menos dois anos.

Apesar de indicativos recentes de melhora, o mercado de trabalho brasileiro segue bastante deteriorado, com um grande contingente de desocupados, desalentados e subocupados (que trabalham menos do que gostariam). Para se ter uma ideia, em 2015, quando teve início a escalada do desemprego no país, o número de desempregados era 1,3 milhão de pessoas.

É certo que fazem muita falta os empregos oferecidos pelas construtoras envolvidas na Operação Lava Jato, cujas receitas caíram 85% desde 2015. A crise no setor resultou na perda de 1 milhão de empregos formais no Brasil, ao mesmo tempo que o país teve redução de 2,6 milhões de postos de trabalho, ou seja, só o setor da construção civil respondeu por aproximadamente 40% do desemprego total. Empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, UTC e Constran estão entre os grupos que mais perderam mercado.

O Vereador Julio Mariano comenta que além dos efeitos da Operação Lava Jato, outro fator que provocou a queda de receita, foi a redução de investimentos do Governo Federal, que agravou a crise financeira das empresas. “O melhor seria ter punido os envolvidos nos esquemas de corrupção e não as empresas, porque dessa maneira a crise de empregos no país foi acelerada”.

Preocupado com a situação, o vereador Julio Mariano conta que no início desta semana foi surpreendido com a notícia de que a multinacional Reckit Benckiser (RB), empresa que produzia preservativos e gel para as marcas Olla e Jontex, localizada na Avenida Piracicaba, entrada do bairro Vila Nova São Roque, confirmou o encerramento de suas atividades, demitindo mais de 250 funcionários em São Roque. Alguns afirmam que o fato de o mercado exterior, e nesse caso representado pela China, fornecer estes produtos abaixo dos custos de produção no país foi o que levou a indústria a encerrar suas atividades.

Nos últimos anos pouco se fez para que conseguíssemos aumentar as ofertas de empregos em São Roque, e a prefeitura hoje é quem mais gera empregos na cidade o que é muito preocupante”, diz.

Em conversa recente com o prefeito Claudio Góes, o vereador lembrou que é necessário criarmos mecanismos para possibilitar emprego e renda para os são-roquenses, também lembrou-lhe que, embora a burocracia esteja atrasando o processo, é necessário abrir urgentemente a licitação para a cessão do galpão industrial de Maylasky, seja para uma única empresa ou para mais de uma. Na oportunidade, o Prefeito informou que tramitam os documentos para a cessão de outras duas áreas na região do Marmeleiro que poderão ser oferecidas a novas empresas.

Nosso município se encontra em uma posição privilegiada. Estamos entre duas das principais rodovias do país, há poucos quilômetros de São Paulo e de outros grandes centros urbanos. É necessário criarmos uma força tarefa e mecanismos para que possamos atrair mais industrias para nossa cidade”, finalizou Julio Mariano, vereador de São Roque.