4/9/2007 - São Roque - SP

Vigilância bloqueia surto de caxumba na Emef Roque Verani

O departamento de Saúde aguarda a confirmação clínica de dez casos suspeitos de caxumba diagnosticados em alunos da Emef Roque Verani na semana passada. O fato, considerado “surto escolar” foi bloqueado em menos de 24 horas pelo Serviço de Vigilância Epidemiológica com a vacinação de cerca de 300 pessoas entre elas alunos e profissionais que trabalham na escola.

Os exames que confirmarão as suspeitas foram realizados a partir da amostra de sangue dos estudantes que apresentaram os sintomas e os resultados devem ficar prontos em 30 dias. Até lá, a Vigilância Epidemiológica acompanhará de perto os adolescentes e o dia-a-dia na escola.

Segundo a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Luzia Helena Mirim, os casos diagnosticados na escola podem estar relacionados a uma nova variante do vírus da doença descoberta em 2006 pelo laboratório de biologia molecular do Instituto Adolfo Lutz. “Todas as crianças já haviam sido vacinadas e têm a mesma faixa-etária dos outros casos que já foram confirmados em outras cidades do estado”, comenta Luzia.

Dados da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde mostram que até junho deste ano já foram registrados 97 surtos totalizando 595 casos, predominantes na faixa etária de 10 a 14 anos (36,5%). Os surtos aconteceram em dez regiões do estado, entre elas a de Sorocaba da qual São Roque faz parte.

Apesar de ter descoberto a nova variante da doença, o Instituto Adolfo Lutz, ainda não identificou o vírus e não sabe precisar há quanto tempo ele circula no país.

Luzia Mirim ressalta que se os casos da Emef Roque Verani forem confirmados como caxumba desta nova variante, por enquanto a única alternativa será o tratamento. “Fizemos o bloqueio em menos de 24 horas e no momento a única ação que podemos fazer é o tratamento porque ainda não existe vacina disponível para prevenir contra este vírus”, esclarece Luzia.

Precauções e Sintomas

A caxumba é uma doença contagiosa até a inchação das glândulas salivares desaparecer (geralmente 6 ou 7 dias). As crianças e adolescentes que contraem a doença não devem ir a escola e precisam ficar longe das outras que não tenham tido caxumba ou que não tenham recebido a vacina.

Os principais sintomas são: pescoço rígido ou com muita dor de cabeça; vômitos repetidamente; prostração, inchação das glândulas salivares por mais de 7 dias, febre por mais de quatro dias, vermelhidão da pele sobre a glândula. No caso dos adolescentes homens podem sentir dores nos testículos. Surgindo estes sintomas é importante procurar um posto de saúde mais próximo.

Para outras informações ligue para o serviço de Vigilância Epidemiológica: (11) 4784-4963

Fonte: Prefeitura de São Roque