8/9/2008 - São Roque - SP

Proeja já conta com cerca de 90 pessoas no curso de alfabetização

O Proeja - “Programa de Educação de Jovens e Adultos”, realizado pela parceira entre a Prefeitura de São Roque e Universidade de Sorocaba (Uniso), já atende cerca de 90 pessoas, acima de 15 anos, com as aulas de alfabetização desde o dia 25 de agosto quando iniciou as atividades. O programa está disponível em seis escolas da rede municipal de ensino e também no Departamento do Bem-estar Social. Os interessados em participar devem procurar a direção da Emef mais próxima para mais informações sobre a proposta.

O Proeja tem como objetivo atender alunos não alfabetizados e em processo de alfabetização (1ª a 4ª séries) das comunidades e bairros mais afastados. As aulas acontecem de segunda a quarta-feira, com uma carga horária de seis horas semanais, com adequação de horários junto à comunidade local. “A idéia é flexibilizar a carga horária para que as pessoas que trabalham tenham a oportunidade de freqüentar as aulas”, diz a Assistente Técnico Educacional e coordenadora do Proeja em São Roque, Marisol Garcia Cavalheiro.

Segundo informações do Departamento de Educação, o programa tem núcleos nas escolas Antonio Cavaglieri que conta com grupo de 13 pessoas e tem previsão de abertura de mais uma sala, no Benedito dos Santos Rocha, Euclides de Oliveira, Iracema Villaça, Joaquim da S. Santos, Paulino Pereira Figueiredo e no Departamento do Bem-estar Social que atende a frente de trabalho e a Cooperativa de Material Reciclável - Cooper-Sol.

A proposta com a implantação do Proeja é erradicar o analfabetismo do município, sendo que hoje ainda 7% da população não sabem ler e nem escrever. “A maior importância desde trabalho é chegar às pessoas que estão fora da escola ou aquelas que nunca freqüentaram uma sala de aula”, comenta a diretora de Educação Márcia de Jesus Costa Nunes.

Os participantes estão aprovando a iniciativa e salientam que estão bastante entusiasmados com as aulas. “Era um sonho voltar a estudar, agora vou me dedicar bastante para poder escrever cartas à minha mãe que mora nas Minas Gerais. É uma oportunidade maravilhosa e vou aproveitar com muito entusiasmo”, diz Ireni Ferreira da Silva, 41 anos, cooperada da Cooper-Sol. Ela comentou que a única vez que freqüentou uma escola foi no ano de 89, mas que teve de se afastar para poder trabalhar.

Para Marinelde Moreira Neves, 29 anos, do bairro Pavão essa oportunidade também é muito bem vinda. “Mal sei escrever meu nome, conheço as letras mais não sei juntá-las para formar as palavras e com as aulas vou poder chegar lá. Com a ajuda da professora vou me dedicar para aprender a ler e escrever, uma sonho que tinha que agora vou poder concretizar”, comenta alegre.

A aluna Ida Gabriel Soares, 72 anos, do bairro Pavão também está achando legal participar das aulas e conta que agora vai poder sair sozinha sem medo. “Sempre quando saio tenho que ficar perguntando para as pessoas o nome do ônibus e isso é muito ruim, desconfortável, mas tenho fé que vou aprender a ler”, salienta.

Histórico do programa
O programa é de iniciativa da universidade, já existe desde 1998, quando tinha o nome de “Sorocaba e Região e 100 analfabetos”. Em 2004 passou para “Programa de Educação de Jovens e Adultos – Proeja” e hoje 11 cidades são beneficiadas.

Fonte: Guia São Roque