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14/4/2009 - São Roque - SP

Vasquinho inventou a São Roque que conhecemos




pela Redação

Você consegue imaginar São Roque sem seus bailes? E sem a Corrida de Aleluia? Sem o Carnaval de Rua? Sem os tapetes e o Carro de Lenha nas Festas de Agosto? Sem a Igreja de São Benedito? Sem o Cine Teatro São José? Obras de Vasco Barioni.

É claro que não foi Vasquinho quem levantou a Igreja de São Benedito, que na sua fachada já nos conta ter sido erguida no século XIX. Mas foi ele quem, quando soube que a Igreja, mal cuidada e quase em ruínas, poderia ser demolida, tomou a frente de uma iniciativa da municipalidade pela restauração daquele bem público. Vasquinho pôs a mão na massa, no tijolo e no cimento e devolveu a São Roque a sua mais aconchegante igreja.

E o que seriam as noites de São Roque sem os grandes bailes? Ele ainda era jovem, apenas 20 anos, quando, em 1930 assinou a ata de fundação do São Paulo Futebol Clube, que mais tarde virou São Paulo Clube, point da juventude durante três décadas. A mudança se deu depois de Vasquinho organizar uma série de bailes no antigo Teatro São João. Vasco viu 33 anos de São Paulo e outros 46 de São Roque Clube, que nasceu com a fusão daquele com a Sociedade União Literária.

Nos melhores carnavais antigos, Literária e São Paulo organizavam grandes “cordões” na Praça da Matriz. Pois inúmeras vezes foi Vasquinho quem desenhou fantasias e decorou os salões tanto de um quanto de outro. E o começo da era das Escolas de Samba, nos anos noventa? Vasquinho estava lá.

Os carros de lenha, dirão os incrédulos, vêm desde o século retrasado e Vasco “só” nasceu em 1910. Sim, mas por muitos anos São Roque esqueceu de seus carros de boi. Vasquinho não, e junto com Zé do Nino trouxe de volta a tradição na década de oitenta. Na mesma época, junto com seu inseparável parceiro, implantou a nova tradição dos tapetes de serragem colorida. Vasquinho mostrava ano a ano sua arte e seu carinho com as crianças todo dia 16 de agosto.

Corrida de Aleluia? A corrida mais antiga do interior do Estado? Sim, também idéia de Vasquinho, junto de outros são-roquenses ilustres, todos já falecidos. A intenção, em 1938, era proporcionar um pouco de esporte para um grupo de jovens da cidade. Hoje a prova atrai os principais corredores do país.

Social, Cultura, Esporte. Vasquinho também foi memorável na política. Ele foi vice-prefeito de Mário Luiz de 1959 a 1963, fazendo um governo do povo, de gente que estava dando de si pelo bem de São Roque. Manteve-se ativo até o ano passado, quando fez questão de comparecer em comícios e carreatas.

A lista é longa. Seria até mais fácil dizer o que em São Roque não teve a mão de Vasquinho. Seu maior legado à cidade, porém, segundo sua própria opinião, é mesmo o Cine São José. Desde criança, Vasco era apaixonado por cinema, acompanhando um tio que trabalhava como projetista. Cresceu, trabalho, juntou dinheiro e realizou o sonho de comprar o antigo Teatro São João. Em 1951, inaugurou o Cine São José, que funcionou ativamente até o começo da última década. Ofereceu cultura e diversão a toda a cidade e nunca desistiu deste sonho. Mesmo quando o cinema foi perdendo público e a estrutura física deu provas de seu desgaste, Vasquinho não desistiu de seu ideal e manteve o Cine Teatro em pé.

Descanse em paz, Vasquinho.

PS: Algumas informações podem estar imprecisas. A maior lembrança de São Roque do século passado não está mais entre nós.

Redação: Merlot Comunicação / Guia São Roque



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