3/4/2019 - São Roque - SP

O Transtorno da Singularidade como expressão junto ao Neurodesenvolvimento

No próximo dia 02 de abril, celebra-se o dia Mundial de Conscientização do Autismo.

Faz-se necessário considerar as inúmeras buscas e definições para  compreender o Transtorno do Espectro Autista (TEA), surgindo justamente  na tentativa de desvelar formas de se pensar e intervir junto as pessoas com TEA que não são mais aceitáveis, para tanto é necessário o rompimento de paradigmas a cerca da “diferença humana” que permeiam   ao longo do tempo nossos processos de pensamento, nossas práticas , atuações e intervenções .

Desta forma, considerar as questões do Transtorno do Espectro Autista como um transtorno do espectro, das individualidades e singularidades estamos considerando um jeito de ser e de viver com características e peculiaridades únicas, considerando suas diferenças como algo natural, inerente que permeiam a humanidade, ou seja, aquilo que nos torna singular.

Mas como terapeutas, professores, família e sociedade é fundamental  que  retomemos  a extensão e amplitude do significado da palavra “espectro”  que  define o grau de gravidade (sua extensão) como variável de pessoa para pessoa, indo de um quadro leve  com total  independência e discretas dificuldades de adaptação, até aquelas que apresentam um grau severo, tendo comprometimentos maiores ao longo do processo de desenvolvimento. Assim, quando oferecemos estimulações centradas nas individualidades estamos promovendo ativação de toda sua circuitaria cerebral, criando novas possibilidades de conexões neuronais atuando junto aos marcos do desenvolvimento.

Considerando os achados científicos trazidos pela neurociências e psicologia cognitiva comportamental, entende-se que as condições presentes em quaisquer tipos de deficiência ou transtorno não podem predeterminar qual será o limite de desenvolvimento e das aprendizagens da pessoa, desta forma, vejo as questões do diagnóstico apenas como ponto de partida e não como destino final.